A pressão alta, ou hipertensão arterial, é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Pode evoluir sem sintomas aparentes, mas aumenta significativamente o risco de acidente vascular cerebral (AVC), infarto, doença renal crônica e insuficiência cardíaca.
Neste guia completo, você vai entender:
- O que causa a pressão alta
- Quais os sintomas mais comuns
- Quais são os riscos de complicações graves
- Como é feito o diagnóstico e o tratamento correto
- E por que consultar um médico regularmente é essencial
O que provoca a pressão alta?
A hipertensão tem origem multifatorial. Entre as principais causas e fatores de risco estão:
- Consumo excessivo de sal (sódio)
- Alimentação rica em gorduras, açúcares e ultraprocessados
- Sedentarismo
- Sobrepeso e obesidade
- Estresse crônico
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool
- Histórico familiar de hipertensão
- Doenças associadas, como diabetes e insuficiência renal
A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda a verificação periódica da pressão arterial mesmo em pessoas jovens e sem sintomas.
Quais são os sintomas da pressão alta?
Na maioria dos casos, a pressão alta não apresenta sintomas.
Quando os níveis estão muito elevados, podem surgir:
- Dor de cabeça intensa, especialmente na região da nuca
- Tontura
- Alterações visuais (visão turva ou embaçada)
- Zumbido no ouvido
- Palpitações
- Falta de ar e cansaço extremo
Se a pressão arterial ultrapassar 180 x 120 mmHg, ou ainda que esteja abaixo deste valor, mas acompanhada de dor no peito, náuseas e vômitos, bem como alteração visual, sudorese ou dor de cabeça que não cessa, é necessário procurar atendimento médico imediato.
Qual é o risco de AVC e infarto com pressão alta?
- AVC (derrame): pode ocorrer quando a pressão, independentemente de níveis críticos (acima de 180 x 120 mmHg), está elevada. Mesmo valores persistentes acima de 140 x 90 mmHg já aumentam o risco.
- Infarto: a hipertensão favorece o endurecimento e a obstrução das artérias do coração. Pressões elevadas aumentam a sobrecarga cardíaca.
A prevenção passa por controle contínuo da pressão, acompanhamento médico e tratamento adequado.
O que fazer quando a pressão estiver alta?
Se você medir sua pressão e ela estiver elevada:
- Sente-se e permaneça em repouso por alguns minutos.
- Evite esforços físicos e estresse.
- Reavalie a pressão após 5 a 10 minutos.
- Se a pressão permanecer muito alta ou houver sintomas associados (dor no peito, falta de ar, visão turva), procure atendimento médico imediatamente.
Como tratar a pressão alta?
O tratamento da hipertensão combina mudanças no estilo de vida e, quando necessário, uso de medicamentos prescritos por um médico.
Hábitos recomendados:
- Reduzir o sal e evitar alimentos ultraprocessados
- Manter peso adequado
- Praticar atividade física regularmente
- Evitar cigarro e excesso de álcool
- Dormir bem e controlar o estresse
Tratamento medicamentoso:
Os principais grupos de medicamentos usados são:
- Diuréticos
- Bloqueadores dos receptores de angiotensina
- Inibidores da enzima conversora de angiotensina
- Bloqueadores dos canais de cálcio
Somente o médico pode indicar a medicação correta, na dose adequada, de acordo com seu histórico e exames.
Mitos comuns sobre pressão alta
- “Água gelada baixa a pressão” – Não existe comprovação científica.
- “Apertar um dedo ou pontos do corpo reduz a pressão” – Técnicas alternativas não substituem tratamento médico.
- “Sal ou açúcar podem ajudar” – Falso. Ambos agravam o quadro de hipertensão.
A única forma segura de controlar a pressão alta é com orientação médica, hábitos saudáveis e uso de medicamentos quando prescritos.
Por fim, a pressão alta é uma condição séria, mas pode ser controlada com diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Não confie em receitas caseiras ou soluções milagrosas. Agende consultas regulares com seu médico, faça exames periódicos e siga as orientações de especialistas.
Lembre-se: controlar a pressão hoje é a melhor forma de prevenir infarto, AVC e complicações graves no futuro.